sábado, 15 de junho de 2024

Cuidar da primeira hora do dia - Autorresponsabilidade


 


Hoje cedo, quando eu acordei, a memória teceu uma retrospectiva e pousou em 2020.

Não sabíamos o que seria. As ruas de São Paulo ficaram vazias, os rostos tristes e os corações apertados. O medo me abraçou por algum tempo e eu sentia a necessidade extrema de saber quais eram as notícias e inicialmente, nunca eram boas. Pisei em um processo de adoecimento emocional, como quem pisa em um rio lamacento. Por "sorte", consegui perceber a tempo que não havia um campo de ação em que eu pudesse atuar naquele exato momento e minha única opção foi concentrar todas as energias nos estudos, preferencialmente, não engessados e que poderiam me apoiar em conectar-me com a esperança que reside em mim.

Foi nessa oportunidade que percebi a importância de cuidar da primeira hora do dia: Acordar “no momento presente”, perceber a temperatura, respirar com consciência e profundamente, abençoar Ori, direcionar a atenção para as partes do corpo, perceber se está tudo bem, ouvir os barulhos disponíveis no ambiente, reparar qual pé coloquei primeiro no chão, etc. A primeira hora do dia, é um ritual que me concede calma.

Lembrei de uma aula virtual que tive com Krenak e não sei em que outro momento do mundo, eu teria essa honra e possibilidade, pude ser grata a esta situação por perceber a chance de equilibrar os pólos, filtrar as experiências e destilar delas o melhor que eu posso utilizar no aqui e agora.
Penso sempre na manutenção da calma e isso não significa “anestesiar”, pois anestesiados já somos treinados para. Todavia, ter perspicácia sobre onde investir as energias e os saberes, hoje, cristalinamente, me dá o suporte que eu preciso para lidar com as demandas recebidas. A busca é interminável, então há potência em cuidar que ela seja incessante.

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