sábado, 15 de junho de 2024

O afeto me salva, todo dia e toda noite!


 

Acreditar que há outras possibilidades além da dor e sofrimento, vai além daquilo que concebemos como “ideal”.

Observar os ciclos da natureza é obter compreensão translúcida de que o outono sempre chega, todavia, a primavera também.
Tudo acaba pra começar e também começa pra acabar mais uma vez, todos os dias.

Estamos reaprendendo a sorrir, chorar, movimentar, amar, perdoar, compartilhar e acolher.
Torna-se árdua a tarefa de prestar suporte ao outro, sem investigar profundamente a si. Investigação essa que abrange o corpo, a mente, a espiritualidade, o processo histórico. Há momentos em que aparenta ser impossível de segurar, portanto, desconheço nada mais justo que fincar o propósito.

Somos existências com necessidades particulares e peculiares, mas pelo que pude compreender até aqui, a essência medicinal de todas elas é o amor.

Acolher emocionalmente é a tarefa magnificente na colheita dos aprendizados. A hostilidade do pensamento que age com enrijecimento perante um diagnóstico escrito em papel, descortinando-se cada vez mais em termos técnicos e funcionais, obviamente, entretanto, quando alguém sente realmente que a sua importância é palpável, ainda que não seja possível tocar, tudo se transforma.

Alguém que mandou notícias para compartilhar algo incrível que aconteceu em sua história, estava muito feliz. Outro alguém, também trouxe novas e o contexto lhe trazia muita tristeza e lágrimas e em ambos casos, poder prestar suporte em qualquer instância dentro das minhas possibilidades, me faz conceber a importância do amparo.
Não me é mais possível, escutar no raso dos métodos que não abraçam as dimensões da existência humana.
E são copiosas.
O afeto me salva, todo dia e toda noite.

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