terça-feira, 31 de janeiro de 2023

É possível, não sentir medo?



Uma coisa pavorosa, são os “métodos infalíveis”, logo, minhas falas, jamais colocarão o processo de autonomia emocional, como sendo um percurso fácil, mas em geral, ele é bastante simples e a simplicidade está na observação do momento presente. Outros tantos, vieram para ensinar que a parte mais saborosa da vida, reside no aqui e agora e em paralelo, nas profundezas daquilo que temos consciência que somos.

Como compreender isso?

Pensemos na cronologia dos acontecimentos desde março de 2020: A população foi dizimada em mais de meio milhão de pessoas e, ainda transitamos dentro de um ambiente com crises, inúmeras. Temos insegurança alimentar, crescimento de 38% da população de rua e eu poderia gastar todos os caracteres dessa mensagem falando dos problemas sociais, mas o ponto não é este. Diante de toda a capacidade analítica de uma situação, como essa, experienciada (pandemia) em sua maior parte, dentro de um momento político de escárnio e pouquíssima lucidez, você consegue se reconhecer como um sobrevivente?

Dentre tantos pensamentos ou até mesmo a fuga deles, és capaz de observar a grandiosidade da sua história?

Veja, feitos relacionados a uma conquista material não podem ser trazidos para essa conta, pois trata-se de sentido para a própria existência e não é algo que possamos tocar através das nossas mãos.

O tempo é um recurso valioso, todas as outras coisas são, de fato, secundárias, pois tudo o que precisamos para amparar qualquer movimento é investir tempo: Em conhecer, em obter sabedoria, em trocar, ou até mesmo em gastar sem a mínima pretensão de obter algo em troca, mas a questão é: Qual base, nossa ação cotidiana, cria para que seja possível construir a obra de arte final? De forma menos hermética, qual é o projeto de vida ou missão que você veio vivenciar?

É possível, que o medo de viver a própria experiência, continue direcionando os passos da humanidade? O visceral, traz expansão, nunca retração. Ninguém perde por amar, por compreender, por ser e deixar que a outra pessoa seja a obra que veio construir.

Medo é o dispositivo que protege a nossa vida, que ele não seja o senhor dos nossos passos e daquilo que sabemos que precisa ser feito.
 

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