Eu gosto quando a minha cabeça liga a "função de produzir ideias", mas se não for possível observar cada uma delas, não começo, não termino e PIOR, não me aprofundo em questão alguma.
O resultado é certeiro: Bagunça!
Escrever me auxilia a codificar, estruturar, organizar e estabelecer um plano de ação para toda e qualquer demanda. Se eu crivo um momento específico para aprender com cada coisa que estudo, estou limitando o tempo e o espaço da minha aprendizagem, portanto, enxergo como cada movimento diário proporciona um relacionamento entre os grandes e os pequenos mistérios da vida. São nas coisas mais corriqueiras e aparentemente desimportantes, onde ocorre a interação conhecimento x sabedoria.
Estava lavando a louça, e um pensamento me chamou atenção: “É difícil ser feliz, quando não me sinto útil”.
Eita pensamento gostoso, me conta mais?
Alguém que fica muito feliz com a minha visita, me demonstra que tenho utilidade na existência dela, seja por qualquer razão e percebo que ocupo um lugar muito mais denso quando não me sinto útil para alguém. O próximo diálogo, foi exatamente sobre a importância de ser útil, de poder apoiar o outro e sendo esse, um exercício externo, na realidade só é produtivo quando a pedagogia é interna. Caso contrário, qualquer outra situação que "invalide" minha importância, tais como término de relacionamento, tempo de descanso, demissão do emprego, ou seja: rejeição de qualquer natureza, poderá resultar em um processo bastante doloroso.
O outro lado é assumir o papel cujo sentimento consiste em comentar assim: “ Eu não sirvo para nada, logo, não preciso de fato, servir para nada”.
Ser útil à alguém, para uma causa, um emprego, não está amparado em bases sólidas daquilo que realmente somos, ora, caso o agente externo, por qualquer motivo que seja, não se faça mais presente, então toda a minha possibilidade de existir, escoa pelo ralo.
Assumir um papel e experienciar vivê-lo por anos a fio, é uma questão delicada, o ator de boa qualidade sabe onde o personagem começa e onde termina, ainda que ambos sejam um só e partilhem das mesmas dores, potências e existência.
Faz sentido, para você, essa viagem?
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