Não é sobre o que pareço ou julgam, mas sobre o que sinto.
Ainda que nenhuma pessoa me elogie, toque ou valide meus pensamentos ou sentimentos.
[Andando pelo metrô, aqui em São Paulo nós temos o combinado social de “deixar a esquerda livre”. Quem está com pressa, anda pela direita. Eu caminho feito turista. Me programo para sair com antecedência e chegar na hora em que agendei um compromisso. Caminhar com calma me traz grande atividade mental e aos 17 graus das 23:33 de ontem, estive pensando sobre alguns anos atrás, 5 anos, para ser mais precisa.]
Fazer as pazes com meu corpo foi tão difícil e dolorido, enquanto processo, pois eu mentalizava fisicamente alguém que não era eu. Na adolescência, eu detestava meu quadril. A mentalidade de um tipo físico padrão eurocêntrico, povoava a minha cabeça como se parecesse errado caminhar por aí com determinados tipos de roupas que eu nem sequer sentia conforto em utilizar.
Por muito tempo, mantive a ideia de “serrar" os ossos para me encaixar nessa aparência que eu pensava ser mais atraente.
Hoje eu penso que me desagradar, para agradar os entornos é uma perda de energia sem fim. Não quero é não posso, portanto não vou.
As aprovações alheias são maneiras rasas de obter felicidade e assimilar isso foi libertador.
Não luto mais, para ser observada, sou observada pois eu luto.
E, sendo a luta um verbo, mantenho a ação!
❤

Nenhum comentário:
Postar um comentário